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quarta-feira, 28 de julho de 2010

O nordeste no século XIX


A atual região nordeste do Brasil é a que tem o maior número de estados (nove): Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. A atividade açucareira, iniciada no período colonial, é até hoje a principal atividade agrícola. Das capitais nordestinas, três foram fundadas no século XIX: Maceió (1815), Teresina (1852) e Aracaju (1855), sendo que as duas últimas foram as únicas capitais planejadas e Teresina é a única que não está no litoral.
No período em que viveu Sampaio, o nordeste foi palco de revoltas como a Confederação do Equador, a Revolta dos Malês, a Sabinada, a Balaiada e a Revolta Praieira.
A Confederação do Equador foi formada por províncias da região que se revoltaram contra o poder imperial em 1824. O povo estava insatisfeito com a economia e com a outorga da Constituição no mesmo ano. Revoltosos ocuparam o Recife, e também Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte aderiram ao movimento. A Confederação do Equador foi reprimida pelas tropas imperiais, com fuzilamentos e assassinatos, sendo que um dos executados foi o líder popular Frei Caneca.

A Revolta dos Malês ocorreu em 1835, em Salvador, quando um grupo de malês (negros muçulmanos) que conseguiram comprar a liberdade reclamaram que ainda eram oprimidos pela cor e pela religião e continuavam marginalizados. O levante foi reprimido com violência.

A Sabinada foi uma revolta separatista liderada pelo médico Francisco Sabino, na Bahia, de 1837 a 1838. A classe média de Salvador estava descontente com a falta de autonomia da província e com a administração regencial, por isso, tomou a cidade e proclamou a República Baiana. Contudo, o movimento não tinha o apoio popular, e assim, se enfraqueceu. Os revoltosos foram derrotados pelas tropas oficiais apoiadas pelos latifundiários da região.

A Balaiada ocorreu no Maranhão, entre 1838 e 1841. Foi uma revolta popular, motivada pela crise do algodão, pelo aumento dos impostos e preços e pelo descaso das autoridades. O movimento foi comandado por um chefe de quilombo, um vaqueiro e um artesão. Ocuparam a vila de Caxias (segunda mais importante da província), mas acabaram derrotados pelas tropas do governo.

A Revolta Praieira ocorreu em Pernambuco, em 1848, e foi a última revolta interna do império. Uma parcela do Partido Liberal do estado se rebelou após o veto do Senado (dominado pelos conservadores) à indicação do liberal Antônio Chichorro da Gama a uma cadeira da Casa. Os revoltosos (chamados de praieiros, pois a sede do seu jornal ficava na rua da Praia) tomaram Olinda e atacaram o Recife, mas foram derrotados em 1849.





















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