"INFANTARIA! Antes de ser uma ARMA, é um estado de ESPÍRITO"

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Como era a paisagem de Grão-Pará quando Sampaio lutou em 1835?

O Grão-Pará estendia-se por toda a vasta área amazônica, que englobava os atuais Estados do Pará, Amazonas e Acre e os Territórios Federais do Amapá, Rio Branco e Rondônia, com suas fronteiras externas ainda não perfeitamente configuradas.
Sua população concentrava-se nos arredores de Belém e nos pequenos núcleos à margem dos números rios e igarapés. De resto, duas constantes panorâmicos: os rios e a selva.
O cenário geográfico desenvolveu-se desde o litoral paraense pelas ilhas do arquipélago de Marajó, o litoral escassamente habitado, pelo Amapá, o Baixo Amazonas, pelo Tocantins e Xingu, Santarém no Tapajós e Borba no Madeira, Manaus, junto ao Rio Negro.
Sampaio - Gen. Paulo de Queiroz Duarte - BIBLIEX
(Os sites foram acessados no dia 31/08/10)

Economia brasileira no século de Sampaio

Com o declínio do ciclo da mineração, a economia brasileira no século XIX, em que Sampaio viveu, desenvolveu-se em torno da exportação de café, que começou a ganhar importância à partir da década de 1820. A região que inicialmente destacou-se com o cultivo foi o Vale da Paraíba. As fazendas eram semelhantes aos engenhos de açucar: latifúndios monocultores com mão-de-obra escrava. O café era a base de sustentação econômica do segundo reinado. A expansão da cafeicultura às regiões em São Paulo com solo de terra roxa, ótimo para o cultivo, tornaria essa província o principal centro econômico do país.


No comércio exterior, desde a chegada da família real portuguesa ao Brasil e a abertura dos portos às nações amigas, a Inglaterra tornara-se o principal mercado brasileiro, mas com o desenvolvimento da exportação cafeeira, os Estados Unidos passaram a ser os maiores importadores dos produtos brasileiros.

Com a instalação da Tarifa Alves Branco, em 1844, e com a abolição do tráfico de escravos em 1850 com a Lei Eusébio de Queirós, havia um cenário favorável ao desenvolvimento industrial no país. Houve então um surto industrial, onde destacou-se o Visconde de Mauá. Entretanto, foi apenas um surto, e não um processo como nos países já industrializados. O desenvolvimento efetivo do setor só viria a acontecer no século XX a partir do governo de Getúlio Vargas.


A abolição do tráfico de escravos também iniciou o processo de substituição de mão-de-obra escrava pela mão-de-obra livre. Depois da promulgação da lei proibindo o tráfico, ainda havia o comércio interior de escravos, mas este não era capaz de fornecer toda a força de trabalho necessária, além do preço ser maior. Para evitar a escassez de mão-de-obra e o acesso de negros libertos à terra, foi incentivada a imigração de europeus ao Brasil.

No fim do século a principal atividade econômica brasileira continuava a ser a exportação cafeeira.

Fontes:

VICENTINO, Cláudio. Projeto Radix: história, 7ª série. Editora Scipione. São Paulo, 2005.
(Os sites foram acessados em 31/08/2010)

Herói da Pátria!!

O Presidente da República sancionou a Lei n° 11.932/2009, que inscreve o nome de Antônio Sampaio, o Brigadeiro Sampaio, no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília/DF.
LEI Nº 11.932, DE 24 DE ABRIL DE 2009.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Inscreva-se o nome de Antônio de Sampaio, o Brigadeiro Sampaio, no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 24 de abril de 2009; 188º da Independência e 121º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
João Luiz Silva Ferreira

Fonte: http://www.legiaodainfantariadoceara.org/leginf_sampaio_livro%20da%20patria.html

A Batalha de Tuiuti.

A Batalha de Tuiuti foi o maior confronto armado da América Latina, tendo sido decisiva na vitória da Guerra do Paraguai pelos aliados. O número de baixas foi grande: no lado paraguaio, 13000 entre mortos e feridos, enquanto entre os aliados eram 4000. Nessa batalha, Antônio de Sampaio sofrera os ferimentos que o levaram à morte. Curiosamente, o confronto aconteceu no dia 24 de maio de 1866, quando Sampaio completava 56 anos de vida.


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Fontes:

(Os sites foram acessados em 31/08/2010.)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Soldado

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Versos de Juvenal Galeno


Por ocasião da morte do Brigadeiro Sampaio, Juvenal Galeno proferiu os seguintes versos de sua autoria:


Fatal destino lhe quebrara a espada

Da luta em meio ... Voa ao céu sua alma...

Daquele o corpo - mas se eleva o nome!


Astro brilhante que tombou no acaso!

Águia dos prélios - devassa o espaço

Quando fuzila da procela o raio!


E a fronte ardente de lauréis cingida...

Olhar de gênio ... Coração de fogo...

Eis tu quedo, regelado, extinto!


Ah, que saudades do Brasil nas hostes!

Mas, não choremos! Não se chora o bravo

Que a vida imola nos altares pátrios!


Sim, não choremos! Da vitória os cantos,

Do bravo os feitos, na nação as glórias

Ouçam-se apenas desde o Sul ao Norte!


Que vale a vida quando a pátria geme?

Honra ao soldado que lutando expira...

Vai entre louros reviver na História!


Honra a Sampaio, ao lidador ilustre!

Irmãos, ouvi-me - do general na campa,

Em vez de prantos - entusiasmo e cores...

Em vez de sombras, - muita luz e flores! ...
Fonte: Sampaio - Gen. Paulo de Queiroz Duarte - BIBLIEX

Consequências da Guerra do Paraguai

Quando da morte de Solano Lopez, a população paraguaia tinha sido extremamente reduzida, havendo apenas cerca de 200 mil pessoas vivas, na maior parte mulheres e crianças. A economia desse país, antes desenvolvida e autossuficiente, foi destruída, de modo que o Paraguai pediu um empréstimo do exterior, nunca tendo solicitado antes. E uma parte considerável do território paraguaio foi cedido ao Brasil e à Argentina:


(O território cedido está representado pelas listras verdes.)

No Brasil, o exército voltou prestigioso e fortalecido, e teve papel fundamental em dois acontecimentos importantes na história do país: a abolição da escravatura em 1888 e a Proclamação da República em 1889. Na abolição, inclusive, a guerra teve grande importância ao colocar o país em contato com nações em que a escravidão não existia mais, e ao por juntos em combate escravos (agora alforriados) e homens livres.

O país que mais se beneficiou da guerra foi a Inglaterra, que forneceu armas e empréstimos aos países da aliança, e que agora via em ruínas um Paraguai que antes representava um certo perigo à dominação econômica européia (e principalmente inglesa) na região.


Fontes:

VICENTINO, Cláudio. Projeto Radix: história, 7ª série. Editora Scipione. São Paulo, 2005.
(Os sites foram acessados em 30/08/2010)