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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Economia brasileira no século de Sampaio

Com o declínio do ciclo da mineração, a economia brasileira no século XIX, em que Sampaio viveu, desenvolveu-se em torno da exportação de café, que começou a ganhar importância à partir da década de 1820. A região que inicialmente destacou-se com o cultivo foi o Vale da Paraíba. As fazendas eram semelhantes aos engenhos de açucar: latifúndios monocultores com mão-de-obra escrava. O café era a base de sustentação econômica do segundo reinado. A expansão da cafeicultura às regiões em São Paulo com solo de terra roxa, ótimo para o cultivo, tornaria essa província o principal centro econômico do país.


No comércio exterior, desde a chegada da família real portuguesa ao Brasil e a abertura dos portos às nações amigas, a Inglaterra tornara-se o principal mercado brasileiro, mas com o desenvolvimento da exportação cafeeira, os Estados Unidos passaram a ser os maiores importadores dos produtos brasileiros.

Com a instalação da Tarifa Alves Branco, em 1844, e com a abolição do tráfico de escravos em 1850 com a Lei Eusébio de Queirós, havia um cenário favorável ao desenvolvimento industrial no país. Houve então um surto industrial, onde destacou-se o Visconde de Mauá. Entretanto, foi apenas um surto, e não um processo como nos países já industrializados. O desenvolvimento efetivo do setor só viria a acontecer no século XX a partir do governo de Getúlio Vargas.


A abolição do tráfico de escravos também iniciou o processo de substituição de mão-de-obra escrava pela mão-de-obra livre. Depois da promulgação da lei proibindo o tráfico, ainda havia o comércio interior de escravos, mas este não era capaz de fornecer toda a força de trabalho necessária, além do preço ser maior. Para evitar a escassez de mão-de-obra e o acesso de negros libertos à terra, foi incentivada a imigração de europeus ao Brasil.

No fim do século a principal atividade econômica brasileira continuava a ser a exportação cafeeira.

Fontes:

VICENTINO, Cláudio. Projeto Radix: história, 7ª série. Editora Scipione. São Paulo, 2005.
(Os sites foram acessados em 31/08/2010)

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