"INFANTARIA! Antes de ser uma ARMA, é um estado de ESPÍRITO"

domingo, 25 de julho de 2010

Guerra do Paraguai - A situação antes da guerra.

A região platina foi marcada por diversos conflitos internacionais, ocorrendo até mesmo intervenções para retirar governantes do poder.


O Paraguai, por se encontrar no meio do continente, sem conexão direta com o oceano, estava mais isolado, mais distante do comércio internacional. Por isso, a política dos governos de José Gaspar Rodríguez de França (1813-1840) e de Carlos Antonio López (1841-1862) era protecionista e incentivava o desenvolvimento de uma economia capaz de suprir o mercado interno.

O governo paraguaio exercia total controle sobre o comércio exterior. A exportação de erva-mate e de madeiras de valor era responsável por manter a balança comercial favorável. Às importações eram impostas altas taxas e o país recusava empréstimos vindos de fora.

Em 1862, o filho de Carlos Antonio López, Francisco Solano López, assumiu o cargo de governante do Paraguai, continuando as políticas desenvolvidas por seus antecessores.

Para o desenvolvimento interno, foram contratados técnicos e engenheiros estrangeiros, responsáveis por implantar o telégrafo e construir estradas de ferro, auxiliando as indústrias nacionais. Além disso, também foi reforçado o exército paraguaio.

Entretanto, o crescimento industrial e militar exigia contato com o mercado internacional, mas o país não possuia (e atualmente também não possui) uma saída direta para o oceano. Os navios paraguaios precisavam passar pelos Rios Paraguai e Paraná para chegar ao estuário do Rio da Prata e enfim ao Oceano Atlântico.

Para sustentar sua política expansionista, Solano López mobilizou as forças armadas paraguaias, treinando homens e construindo fortalezas.


Entre os países que formavam a Tríplice Aliança, Brasil e Argentina disputavam a hegemonia na região, o que influenciou profundamente a política internacional na região.

A Argentina era governada por Juan Manuel Rosas, que era inimigo tanto do Brasil como do Paraguai, o que fez o Brasil contribuir para o desenvolvimento do exército paraguaio. Rosas veio depois a ser deposto e substituido por Justo José Urquiza, com o auxílio brasileiro.

O Uruguai separara-se do Brasil em 1828, com a Guerra da Cisplatina, ainda no período do Primeiro Império Brasileiro, e desde então sua política girava em torno de dois partidos rivais, o blanco e o colorado. Rosas apoiava o primeiro e seu líder, Manuel Oribe, enquanto os colorados eram apoiados pelo Brasil e por Urquiza. Os blancos e Oribe estiveram no poder, mas o deixaram quando o Brasil interveio, apoiado pelos colorados. E em 1863, quando a Argentina já apoiava este partido, os blancos foram retirados do poder novamente, sendo Atanásio Aguirre deposto por uma ação conjunta de Brasil e Argentina.



Fontes:

VICENTINO, Cláudio. Projeto Radix: história, 7ª série. Editora Scipione. São paulo, 2005.


(Sites acessados em 23/07/2010)

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